Ana Lesnovski
“Minha Imagem Mais Íntima (Pixel a Pixel)“, 2018
Instalação interativa
Fonte: Registro realizado pela organização do evento.
Palavras-chave: Instalação interativa; Objeto interativo; Privacidade; Pixel; Exposição; Intimidade
Descrição: Um pequeno cubo translúcido brilha no escuro da sala de exposição. Uma a uma, cores se sucedem, lentamente: azul, azul, amarelo, marrom, marrom, amarelo, vermelho. Cada cor corresponde a um pixel de uma imagem que não se vê em parte alguma. Dela, tudo o que temos é a descrição do objeto: “Minha Imagem Mais Íntima (Pixel a Pixel)”. Dela, tudo o que temos é tudo: cada um dos milhares de pixels que compõem uma imagem digital, exibidos individualmente. À vista, expostos, nus: a revelação sugerida no título da obra é realizada literalmente na forma de luz. Não há nada há esconder. Tudo está exposto. A obra conversa com o conceito de exposição e privacidade na era digital: é possível mostrar-se por completo e, ao mesmo tempo, ocultar-se em absoluto? Que privacidade é essa a que se expõe? Se a etnografia de Rosalia Winocur sugere que há uma transformação no conceito de privacidade no contexto dos jovens que utilizam redes sociais para performar a intimidade, podemos pensar na exposição como uma forma de ocultação? Tudo o que sou está visto; ao mesmo tempo, nunca fomos tão estranhos uns aos outros. Pois é possível que você me veja por inteiro, ponto por ponto, e ainda assim não veja absolutamente nada.